Por Francisco Renaldo Costa
Desde o nascimento da filosofia, o pensamento ocidental têm se preocupado com a origem da felicidade.Um dos primeiros a fazer a pergunta “o que é felicidade?” foi Aristóteles, que, de uma maneira típica de filósofos, antes de fornecer uma resposta, insistiu em fazer uma distinção entre duas perguntas. Sua primeira pergunta foi o que significava a palavra ‘felicidade’… sua origem é grega: eudaimonia. Sua segunda pergunta foi onde a felicidade pode ser encontrada, ou seja, o que é que nos faz verdadeiramente felizes.
Para ele era inútil tentar responder à segunda questão, sem ter questionado a primeira.
Segundo o filósofo Epicuro um dos maiores prazeres da vida encontrava-se na amizade. Entende que bons amigos são relativamente fáceis de se obter, e contribui para um fluxo quase infinito de prazer. Uma grande mansão cheia de luxos, mas vazia de amizade traria menos prazer do que uma pequena casa que é compartilhada com amigos de verdade. Ser feliz para viver uma vida simples, buscando experiências que proporcionem prazer (este entendido como ausência da dor e sem excessos , visando a virtude como guia).
Recordo-me neste momento de Stephen R. Covey em Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, quando faz a distinção entre a Ética da Personalidade (pós Primeira Guerra Mundial), onde a visão básica do sucesso está na personalidade, ou seja, na imagem pública, nas atitudes e nos comportamentos, é uma ética da habilidade e das técnicas que lubrificam o processo de interação humana. Do outro lado Ética do Caráter (150 anos atrás), partindo do pressuposto os princípios são básicos para uma vida proveitosa, o sucesso e a felicidade acontece quando o indivíduo integra-se a estes princípios.
A felicidade onde está? Ela está dentro (ética do caráter) e não fora (ética da personalidade) dos indivíduos. E desatentos somos … insistimos em fundamentar a existência nas aparências, levando-nos para as decepções e frustações. Ser feliz significa vivenciar o momento presente e ser capaz de projetar-se no futuro. Senão fizermos este exercício tudo ficará efêmero.
O que podemos afirmar depois destas considerações: SER FELIZ É SIMPLES, nós homo sapiens, exageramos em nossa racionalidade, a confundimos com o puro exercício da razão, esquecemos que somos também homo demens (Edgar Morin). Vivemos no labirinto da razão e nos deparamos com o mundo ainda desconhecido dos afetos, da loucura e paixão pela vida, que para sorrir afasta-se da sapiência.
Todo problema está no equilíbrio sapiens e demens. A verdadeira felicidade encontra-se no cotidiano, não acima da razão e distante da emoção. O equilíbio é a palavra chave para vivenciarmos a verdadeira felicidade.
Um filósofo que deixou muito claro esta relação foi Friedrich Wilhelm Nietzsche. Nele, encontramos o ideal de ser humano entre Apolo (deus da beleza, harmonia, equiíbrio, ordem) e Dionísio (deus do vinho, alegria, paixão, caos). Somente Apolo correremos o risco de não sorrir para a vida. Apenas Dionísio viveremos o impulso desordenado.
A vocês queridos leitores, amigos… sejam felizes!!!!!!!!!!! Sempre!!!!!
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