sábado, 28 de maio de 2011

Sociedade Justa? Um olhar Filosófico

O que poderíamos entender por uma sociedade justa? Poderíamos dizer que uma sociedade justa é aquela que vela pelos seus filhos mais necessitados, contribuindo com os recursos necessários e oferecendo-lhes as condições para que tenham uma vida digna e plena, pois, desde os tempos mais remotos o povo sofria com o terror da fome, da miséria, dos abusos de poder, dos preconceitos raciais e sociais, das guerras, das revoluções que, na sua maioria, só beneficiava os donos do poder etc. Com a conquista dos Direitos Humanos, após a Revolução Francesa em 1789, vemos que a perversidade governamental cedeu lugar à Liberdade, Fraternidade e Igualdade.
Infelizmente, vemos também que o nosso país, apesar de ser considerado um país subdesenvolvido, literalmente, é um país em pleno desenvolvimento, e, mesmo tentando evoluir-se num desenvolvimento sustentável, não está conseguindo um desenvolvimento de ordem progressiva, e sim, um desenvolvimento em prol da miséria, da injustiça social, do analfabetismo, do crime, da violência, da corrupção e das doenças que, diariamente, matam crianças, jovens e idosos. Será que podemos crer num futuro promissor? É certo que o progresso existe e está ao nosso lado e, para a maioria das pessoas ele ficará eternamente ao lado, isto é, do lado de fora de suas vidas, pois, com certeza, a maioria dessas pessoas não terá acesso a este artigo e, muito menos, à Internet, pois seus recursos para adentrar à grande rede são ínfimos.
No entanto, ainda hoje, permanecem várias condições equivalentes àquelas que alguns filósofos da Revolução tentaram reverter, e, para cujo desiderato alguns deles deram o sangue e a vida, sonhando com o dia em que todos os seres humanos pudessem usufruir, no mínimo, de alimentos, moradia, educação, trabalho, saúde, diversão etc., mas, que ainda hoje, lhes são negados.
Estamos vivenciando uma época de discussão e grandes avanços tecnológicos, onde se houve falar sobre clonagem, genoma humano, alimentos transgênicos e ciberespaço. Mas como é que nosso país, um lugar cheio de riquezas, consegue ser um palco de tantos atrasos? Mesmo diante de tantas propostas governamentais, presenciamos uma grande estrutura nas retas paralelas, obliquas e perpendiculares de nossa existência, que são aqueles indivíduos que fazem suas próprias leis. É a chamada lei do mais forte ou a lei do morro, onde traficantes atuam deliberadamente com a cobertura de mascarados que se escondem atrás do poder.
Hoje, para que você possa ser reconhecido, é necessário possuir vários itens de consumo que, na realidade, não passam de parâmetros importados de países mais ricos que não possuem nosso índice de miséria e injustiça social. Basta acionarmos o controle remoto de nosso televisor e pronto! As novelas e as propagandas nos mostram os belos carrões importados, aparelhos de som e imagem de última geração, clínicas e academias para que se possa ter um corpo "sarado" e, muitas vezes "bombado", e muitas outras coisas pelas quais iremos ser julgados bem ou mal, isto é, seremos recebidos dentro desta sociedade fragmentada simplesmente por termos ou fazermos aquilo que nos é apresentado através da mídia. Com todo esse aparato de ilusões, vemos que nosso povo, a cada dia, torna-se mais sofrido, mais triste e desiludido da vida. E é por esse mesmo motivo, que presenciamos nossos jovens, que seriam o futuro da nossa Nação, roubando, matando e estuprando, com o simples intuito de fazerem parte dessa massa falida que é o nosso país. Será que conseguiremos reverter essa situação? A indagação mais precisa para esta é problemática é:  COMO CONSEGUIREMOS REVERTER ESTA SITUAÇÃO DE DESIGUALDADE SOCIAL NO NOSSO PAÍS, ESTADO, CIDADE E PRINCIPALMENTE DENTRO DE NÓS MESMOS?
Diante do exposto acima, e acreditando num mundo melhor, penso que este seria o momento mais certo e mais oportuno, para podermos repensar o grande filósofo Tomas More, que ao criar sua ilha Utopia, sonhava com uma sociedade ideal, onde haveria justiça e igualdade para todos os cidadãos. Será que, tal qual o grande filósofo, viveremos em eterno estado utópico?
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Fonte: Rosana Madjarof

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