quarta-feira, 21 de setembro de 2011

    Teus olhos entristecem.
        Nem ouves o que digo.
        Dormem, sonham, esquecem...
        Não me ouves, e prossigo.

        Digo o que já, de triste,
        Te disse tanta vez...
        Creio que nunca o ouviste
        De tão tua que és.
       
        Olhas-me de repente
        De um distante impreciso
        Com um olhar ausente.
        Começas um sorriso.

        Continuo a falar.
        Continuas ouvindo
        O que estás a pensar,
        Já quase não sorrindo.
        
        Até que neste ocioso
        Sumir da tarde fútil,
        Se esfolha silencioso
        O teu sorriso inútil.

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