A resposta a esta pergunta ou, mais especificamente, ao que é ser "humano", tem variado ao longo da história. Ela envolve visões contrárias, como acreditar que o homem é livre em suas escolhas ou que todos são regidos por determinismos
IGUAIS E DIFERENTES
A pergunta a respeito da natureza humana é essencial para a convivência entre as pessoas. A resposta a essa pergunta não é apenas uma questão metafísica da ontologia - do grego ontós, o "Ser", não apenas no sentido do anthropos, o "ser humano" -, mas está ligada diretamente ao modo como se compreende os outros em relação a si mesmo. Cada resposta traz em si uma série de problemas.
Se existe uma "natureza humana", então deve haver um conjunto de valores que ultrapassa as barreiras culturais e, portanto, é universal. A ideia de "natureza humana" coloca a espécie acima da cultura e das relações sociais de produção na qual essa cultura existe. Decifrar essa "natureza humana" seria encontrar alguns valores absolutos, isto é, que não variam nem conforme o tempo nem conforme o lugar. Por baixo das diferenças culturais e econômicas haveria elementos invariáveis, comuns a toda humanidade e que, portanto, fariam parte de uma "natureza humana" independente de todos os outros fatores. Em última análise, todos os seres humanos dividiriam algo em comum, sua "humanidade", composta de elementos universais.
Por outro lado, se não existe uma "natureza humana", os modos de agir são construídos de maneiras diferentes pelas várias sociedades humanas, cada uma com seus valores, modos de ser e compreender o mundo. Os modos de ser são construídos nas relações sociais, aprendidos e interiorizados a partir da convivência com outras pessoas no cotidiano. Os seres humanos se formam mutuamente, aprendendo com os outros na vida cotidiana e, assim, constituindo-se ao mesmo tempo em que o mundo no qual vivem. Não haveria, nesse sentido, uma "natureza humana" formada por elementos universais, mas tantos conjuntos de valores quantas forem as comunidades humanas. Mais do que a unidade de uma possível "natureza humana", entender a humanidade é celebrar a diversidade e as diferenças.
Se existe uma "natureza humana", então deve haver um conjunto de valores que ultrapassa as barreiras culturais e, portanto, é universal. A ideia de "natureza humana" coloca a espécie acima da cultura e das relações sociais de produção na qual essa cultura existe. Decifrar essa "natureza humana" seria encontrar alguns valores absolutos, isto é, que não variam nem conforme o tempo nem conforme o lugar. Por baixo das diferenças culturais e econômicas haveria elementos invariáveis, comuns a toda humanidade e que, portanto, fariam parte de uma "natureza humana" independente de todos os outros fatores. Em última análise, todos os seres humanos dividiriam algo em comum, sua "humanidade", composta de elementos universais.
Por outro lado, se não existe uma "natureza humana", os modos de agir são construídos de maneiras diferentes pelas várias sociedades humanas, cada uma com seus valores, modos de ser e compreender o mundo. Os modos de ser são construídos nas relações sociais, aprendidos e interiorizados a partir da convivência com outras pessoas no cotidiano. Os seres humanos se formam mutuamente, aprendendo com os outros na vida cotidiana e, assim, constituindo-se ao mesmo tempo em que o mundo no qual vivem. Não haveria, nesse sentido, uma "natureza humana" formada por elementos universais, mas tantos conjuntos de valores quantas forem as comunidades humanas. Mais do que a unidade de uma possível "natureza humana", entender a humanidade é celebrar a diversidade e as diferenças.
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