quarta-feira, 22 de junho de 2011

SÊNECA: O BOM USO DO TEMPO É A CHAVE PARA A FELICIDADE

Lúcio Aneu Sêneca é conhecido como um dos expoentes filósofos estóicos. Nasceu em Córdoba, na Espanha, em 4 a.C., e morreu em Roma, em 65 d.C. Dedicou- se com grande sucesso à carreira política até tornar-se conselheiro do imperador Nero. É autor de uma das mais célebres obras estóicas: o livro Cartas a Lucílio. Trata-se da primeira obra de auto-ajuda do mundo ocidental, de excepcional qualidade. É o resultado da compilação de suas cartas ao amigo Lucílio. Obra leve, espontânea, fácil de ser lida e compreendida, tão antiga e ao mesmo tempo tão atual. Os problemas e questões levantados por Sêneca em suas cartas são os mesmos dilemas e angústias que ora enfrentamos na sociedade moderna. Em toda a sua obra, o filósofo salienta a importância de aspectos fundamentais para o bem viver e para atingir a felicidade.
 Em sua primeira carta, Sêneca exalta a importância de se dar valor ao tempo. Segundo ele, o tempo é a única coisa que podemos dizer que é inteiramente nossa e que ninguém nos pode tomar. Ele é nosso, podemos jogá-lo fora ou aceitar de bom grado a responsabilidade de torná-lo útil. Ao contrário de ser visto como um inimigo, o tempo é nosso único garantido amigo. O passado é morto, não pode ser mudado. Resta-nos, portanto, abraçar o tempo presente, aquele do qual dispomos, e fazer algo com ele.
Dos textos de Sêneca, derivaram muitos ditados populares assaz conhecidos: “Deus ajuda quem cedo madruga”; “o tempo é o remédio para todos os males”; “quem persevera sempre alcança”; “a pressa é inimiga da perfeição”, e tantos outros dizeres imortais.
O conjunto de Cartas a Lucílio é de tal riqueza descritiva e de compreensão tão fácil, que o estudante de filosofia, e mesmo o leitor leigo, tem a nítida sensação de a ler um mestre vivo a discursar para a humanidade. E é a partir do entendimento deste mestre, tornado carne na figura de Lúcio Aneu Sêneca, que nossa moderna existência pode resgatar o mais verdadeiro e indestrutível poder: a força que subjaz àquele que aceita a tranqüilidade como sua base e fundamento, o esqueleto sobre o qual a vistosa carne da felicidade se molda.

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