quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quando os nossos Sentidos não tem mais sentido

Dando umas voltas hoje à noite, dia 21 de Julho de 2011 nas ruas de Jardim de Piranhas, constatei algo que me levou a refletir acerca da busca da felicidade, que tanto o homem anseia. Mas perante esta busca, o homem se perde na obscuridade dos vícios e foi isto que me levou a refletir: Se ainda há algum sentido nos nossos Sentidos?
Quando os nossos Sentidos não tem mais sentido, pois muitas das vezes somos obrigados a vermos o que realmente não queremos ver. A enxergarmos pessoas se corrompendo e se destruindo em busca da felicidade. Busca esta que faz com que o homem se dobre perante um trago num cigarro de maconha ou num experimento de alguma determinada droga. Quando os nossos Sentidos não tem mais sentido. Pois somos aprisionados na liberdade de não gritarmos por tantos jovens que são vendidos e comprados no mundo da prostituição, infelizmente não há mais sentido nos nossos Sentidos, nesta realidade que o homem estar aprisionado fora de si.
Quando somos obrigados a sentirmos na pele a dor de muitas famílias sendo destruídas por causa do vício nas bebidas alcoólicas. Quando somos encurralados ao ponto de não conseguirmos decifrarmos o eco dos gritos de socorro dos jovens e adolescentes que gritam quando não dizem nada e por não terem opção cultural, como também a uma educação à altura da sua capacidade intelectual. Quando pronunciamos palavras ao vento, ou melhor, quando as palavras são vindas do vento. Quando o ser humano já perdeu todo o seu senso crítico, não tendo assim a capacidade e a força de resistir às ofertas destrutivas.
Quando o respeito à pessoa humana já não tem tanto valor como antigamente. Pois hoje, infelizmente somos trancafiados nas mais terríveis cenas reais de jovens e adolescentes que são presas fáceis nas mãos de aproveitadores que sobrevivem da morte destes. Sendo assim, os nossos Sentidos não tem mais sentido.
Quando os próprios homens são predadores uns dos outros, que ceifam vidas sem nenhum ressentimento. Quando a busca desenfreada pelo poder faz com que o homem esqueça de colocar o conceito de honestidade no seu vocabulário.
Quando as nossas praças são transformadas em locais de bebedeiras. Tirando a privacidade de famílias que se encontram nestes ambientes a conversar e a partilhar às experiências da semana ou do dia e de crianças que brincam com suas bicicletas, como também, de adolescentes que vão à praça no intuito de reencontrarem os seus colegas.
Quando dos nossos idosos são roubado a tranqüilidade merecedora de toda uma vida de luta por sua sobrevivência. Pois infelizmente se constata roubos à sua dignidade nos locais públicos de nosso JARDIM de piranhas, que a cada dia que passa este JARDIM vai perdendo o aroma das suas flores. Deste modo, os nossos Sentidos não tem mais sentido.
Mas afinal, onde que podemos encontrar a verdadeira felicidade? Será que realmente só podemos encontrá-la trocando as nossas famílias por mesas de bares? Ou será que a verdadeira felicidade existe mesmo? Ou ainda, será que a verdadeira felicidade estar bem próxima de nós, ou seja, dentro de nós?  Ou será que temos que nos corrompermos para podermos encontrá-la? Será que devemos viver como MORTOS-VIVOS que não falam? Que não gritam? Que não enxergam os horizontes da vida? Que não escutam os gritos daqueles que não gritam? Que não sentem a dor daqueles que choram? Que não lutam por uma felicidade verdadeira e sadia? Sendo assim: Os nossos Sentidos não tem mais sentido.
Caro leitor, onde que você estar buscando à sua felicidade? Digo-vos que não busque muito distante de ti, não ande quilômetros ou metros em busca da felicidade, pois ela está dentro de você. 

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