segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A FESTA DE PADROEIRA QUE TODOS QUEREMOS


Diferentemente do que costumo fazer, comentarei os resultados da enquete separadamente:
1. SHOWS DE MPB OU POP ROCK – Costumo dizer que nossa festa não pode ser direcionada apenas aos jovens, aqui considerados os que contam com menos de 30 anos. Há milhares de jardinenses (crianças, quarentões e idosos) que não gostam de passar uma noite inteira ouvindo forrós grotescos, de gosto duvidoso. Por que não se programam, pelo menos, duas ou três noites de boa música? Afinal, nós, que não gostamos dos “sucessos” atuais, não somos jardinenses? Não gozamos dos mesmos direitos? É no mínimo constrangedor que, no jantar da festa, toda a sociedade jardinense reunida, e, iniciada a apresentação musical, ouçamos: “Jogaram uma bomba, no cabaré / voou pra todo canto pedaço de mulher / Foi tanto caco de puta voando pra todo lado / Dava pra apanhar de pá, de enxada e de colher!”. É para rir ou chorar?
2. APRESENTAÇÕES CULTURAIS – Uma festa de padroeiro, em sua parte social, não pode se resumir a uma banda no Largo da Matriz, pessoas dançando e consumo exagerado de bebidas alcoólicas. É preciso incluir na programação atividades culturais, como, por exemplo, o lançamento do DVD da banda José Raimundo Cavalcanti, ocorrido num passado recente. Por que não reservar uma noite aos artistas locais? Teríamos a oportunidade de conhecer os talentos da terra, ouvindo nossos músicos, poetas, repentistas, cronistas etc. Seria bem melhor que ouvir um iniciante e inexpressivo grupo de forró.
3. MUDANÇA DO LOCAL DAS FESTIVIDADES – Neste ponto, considero que nada deve ser alterado. Não faria nenhum sentido montar toda a estrutura (parques, barracas, palco) em outro local. Isso descaracterizaria a festa completamente. Não discordo do posicionamento da Diocese, de que a Igreja não pode vender nem estimular o consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, não acho impossível conciliar o religioso e o profano. Com sensatez e inteligência, conseguem-se organizar as festividades de modo a atender aos objetivos de todos.
4. ANTECIPAR O LEILÃO PARA O INÍCIO DA FESTA – Quando elaborei a enquete, achei que esta seria a novidade mais votada. Não sei você, caro leitor, mas eu acho totalmente inadequado programar o leilão para os dias finais da festa. À exceção dos que participam ativamente do evento, ofertando seus lances aos bens leiloados, acho que mais ninguém o aprecia. Todo ano, costumo falar, em tom de brincadeira, que, caso ganhasse milhões na loteria, o leilão não demoraria nem cinco minutos. Delírios e gracejos à parte, bem que os organizadores da festa poderiam repensar essa situação.
5. OUTRA – Todo evento, por mais organizado que seja, necessita de mudanças, visando ao seu aprimoramento. Nós, que esperamos o ano inteiro pela festa de nossa venerada padroeira, desejamos um evento organizado, pacífico, de muita fé e religiosidade, que agrade plenamente aos jardinenses e aos que nos visitam. Minha intenção, com esta postagem, não é criticar os responsáveis pela organização das festas passadas e da atual. Longe disso. Louvo a iniciativa e a abnegação de todos que se dispõem a trocar a diversão pelo trabalho. Desejo, apenas, contribuir com algumas sugestões, objetivando a agradar a TODOS os que, por destino ou por livre arbítrio, escolheram escrever sua história de vida na terra da Senhora dos Aflitos.
Fonte: Blog de Alcimar

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