Em sua
plena medida, ou passagem (do tempo presente), não temos a real percepção da
sua existência. Mas, por fatores egoístas, estamos sempre em busca de sua
essência, tentando anular seu efeito diante da fragilidade que é a existência
(tempo perdido). Como remédio ou mecanismos de percepção do tempo, recorremos
ao ócio conciliador, purgante para todos os males.
Não ter o
tempo sob controle, anula todas as nossas perspectivas de soberania do Ser, e
daí surge o não-ser, como fator de causa final de um tempo perdido. Seres
fracos e deprimidos, obsessivos, é uma estranheza só, o ego está em declínio e
anuncia a morte do homem, o homem está desamparado e solitário na multidão, andarilho
do vai e volta. O poder agora é obsessão, e a loucura é a cura para a sua falsa
moral, estampada como verdade absoluta.
Um homem
que tem a sua alma ativamente desesperada sabe que é questão de tempo se apegar
às metáforas convencionais e viver iludido, para designar uma falsa sensação de
domínio sobre a vida. Uma espécie de varinha mágica, que controla tudo e todos,
mantendo uma esperança no infinito. Este mesmo homem tem como inimigo o tempo,
que trás a luz do conhecimento a sua verdade e mostra a sua fraqueza e seus
medos.
Fugir do
tempo e criar ilusões é típico da mesmice iludido pelo amanhã da mesmice e pela
falsa dimensão das almas sem corpos e pela inércia do próprio corpo, que não
tem valor algum para o homem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário