Como é de conhecimento dos leitores
deste humilde blog, que não postamos notícias de caráter policial e hospitalar.
Mas hoje, Quarta-feira, dia 02 Maio do corrente ano, presenciei de forma
ocasional uma cena que envolvia um cidadão e uma criança, ambos desta cidade,
Jardim de Piranhas.
O meu objetivo de postar acerca de
tal cena não é noticiar o ocorrido, mas sim, fazer uma reflexão da obscuridade
dos fatos envolvendo as pessoas já supracitadas.
Antes de iniciarmos a reflexão deste
ocorrido, vamos entender o que aconteceu: Segundo a vítima, que não irei citar o
seu nome, mas usarei um “pseudonome” de “João”, onde o mesmo informou aos
presentes no local e posteriormente ao grupo de policiais do GTC, que foi
roubado pertences que se encontravam no interior de seu veículo e o acusado de
ter feito este ato de roubar foi uma criança com idade de aproximadamente 11 ou
12 anos.
Pois bem, voltaremos esta reflexão acerca
do que não conseguimos enxergar no momento do ocorrido.
Em algumas linhas anteriores citei
somente uma vítima, o seu “João”, mas se pararmos um pouco conseguiremos ver
que na verdade, tanto o seu “João” como a criança são realmente duas vítimas no
caso. De fato, o seu “João” é vítima, por ter sido lesionado materialmente e
emocionalmente como foi constatado por este que vos escreve, pois o mesmo
chegou até se ferir na buscar de capturar a criança.
A criança na verdade foi a mais
lesionada nesta cena, calma, que vos explico caro leitor! Digo-vos que a
criança foi a que sofreu mais lesão neste ocorrido pelo fato de que a mesma ser
privada de uma boa educação, de ter o seu tempo para o estudo e para brincar
com os seus coleguinhas foi roubado. Não pense caro leitor que estou colocando
toda responsabilidade para os pais desta criança, pois eu nem mesmo os conheço,
só quero que vós leitor, enxergueis o que não somos capazes de enxergar de
forma rápida, mas só parando e refletindo. Primeiro: que educação é
oferecida a esta criança? Que locais de recriação são dados a esta criança? Que
acompanhamento os pais dela exercem? Pois os mesmos encontram-se na labuta para
dar a sobrevivência a esta criança. Quem roubou dos seus pais o seu merecido salário para que o mesmos pudesse oferecer a esta criança uma escola de boa educação, já que a educação não é
prioridade deste País? Vós me entendeis caro leitor quando eu afirmei que a
criança é a mais lesionada neste ocorrido?
Voltaremo-nos para os traumas psicológicos
que foram implantados no inconsciente desta criança, reflitamos: a criança ao estar sentada no calçamento aproximadamente 16h30, onde
todas as pessoas que se encontravam o olhavam, uns falando com o olhar
discriminatório, dizendo que tal criança era um ladrão, mas na verdade esta pobre
criança estava sendo roubada de si, este ato foi apenas grito de socorro que a
mesma estava pedindo. O que se passava dentro desta criança no momento em que a
polícia chegou e ao entrar no carro do GTC?
Caro leitor, vos deixo uma pergunta
para vos refletir: POR QUE É QUE NÃO PRENDEMOS
AQUELES QUE ROUBAM A TODO INSTANTE A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, A BOA MORADIA DESTAS
HUMILDES CRIANÇAS?
Caro “João” não penses tu que estou
defendendo o ato desta criança. O que estou fazendo é uma reflexão desta cena,
tu também “João” foste vítima por duas vezes: Primeiro: Por as conseqüências desta
criança não ter uma boa educação social, de modo que esta ausência foi explodida
na sua pessoa e segundo: pelo fato de tu seres o escolhido, o porta-voz para
esta criança pedir socorro.
Sem mais palavras acerca do ocorrido,
deixo um conselho às autoridades responsáveis pelos os direitos da criança e do
adolescente: Que encaminhe o mais rápido possível esta criança
para um acompanhamento psicológico, pois muitas seqüelas foram implantadas no
inconsciente desta criança que poderao um dia tomar posse do seu consciente e
fazer com que este ato rebelde possa se tornar algo rotineiro.
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